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Sindicato da Sorocabana cobra posição do Governo sobre acidentes recorrentes nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.

Foto: Diário do Transporte

O Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana informou, em nota, que vai cobrar uma posição do governo sobre acidentes recorrentes nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Ambas estão sob responsabilidade da ViaMobilidade e antes operavam pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Também em nota, o sindicato informou lamentar profundamente os graves acidentes ocorridos nesta quinta-feira, 10 de março de 2022, nas linhas 9-Esmeralda e 8-Diamante.

Em um dos casos, o resultado foi a morte de um membro da equipe de manutenção.

“A entidade se solidariza com a família da vítima e os demais funcionários da ViaMobilidade. Além disso, acompanha com muita proximidade o que a empresa tem feito para resolver os problemas técnicos e preservar a vida dos trabalhadores e usuários”, informou o sindicato.

REUNIÃO

Segundo o sindicato, na tarde dessa quinta, foi feita uma reunião de urgência com a empresa para cobrar soluções e também as informações sobre os acidentes ocorridos assim que forem apurados.

“Logo após os primeiros acontecimentos, como falhas na sinalização, abertura de portas e na rede aérea (eletrificação) no mês de janeiro, procuramos a empresa para saber como está lidando com esses fatos e o que, efetivamente, está fazendo para cessar os incidentes e os acidentes. Isso não pode acontecer, inclusive podendo ser fatais, como foi o caso ocorrido hoje na linha 8”, conta José Claudinei Messias, presidente do Sindicato da Sorocabana.

Responsável pelo serviço das linhas 8 e 9 (ex-CPTM) desde o fim de janeiro, o consórcio ViaMobilidade, liderado pela CCR, enfrenta problemas desde o início com o “tempo exíguo de treinamento dos funcionários”, segundo o sindicato.

“Quando começou o processo de concessão, nós sempre manifestamos contrariedade ao processo e alertamos o governo estadual e a CPTM para os problemas que essa transição poderia trazer para as linhas, para os funcionários e para os passageiros”, relata Messias.

“É necessária muita especialização para o trabalho nas ferrovias. Não se forma um profissional em poucos meses. Você não vê nos classificados dos jornais ‘procura-se um maquinista’, mas nada disso foi levado em consideração pelo governo do Estado de São Paulo. Foi preciso um grave acidente na plataforma da estação Júlio Prestes e uma vítima fatal na subestação de Pinheiros, para deixar claro o quanto têm sofrido os profissionais contratados para operar e realizar a manutenção dessas linhas. Isso não pode continuar assim”, explica também o presidente do Sindicato.

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