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Governo recebe os primeiros estudos do ramal ferroviário entre Cascavel e Chapecó.

Foto: Rodrigo Felix Leal/SEIL

O Governo do Paraná, por meio do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário, recebeu nesta terça-feira os primeiros resultados do Estudo de Viabilidade Técnico e Econômico do ramal ferroviário entre Cascavel e Chapecó, em Santa Catarina. O objetivo é incorporar o trecho ao projeto original da Nova Ferroeste, que vai ligar por trilhos Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá.

O outro ramal já confirmado é entre Cascavel e Foz do Iguaçu.

De acordo com o levantamento, ainda em caráter preliminar, a linha interestadual entre Paraná e Santa Catarina vai ter uma extensão total de 263 quilômetros.

Para essa conexão são necessários 18 túneis e 31 obras de artes especiais, como viadutos e pontes, com capacidade de carregamento de 32 toneladas e meia por eixo. A velocidade máxima autorizada de operação será de 80 quilômetros por hora.

O investimento previsto, o chamado Capex, é de seis bilhões e 800 milhões de reais. O estudo custou 750 mil e foi doado ao grupo de trabalho paranaense por diferentes representantes do setor produtivo de Santa Catarina, liderados pela ACIC Chapecó, Associação Comercial e Industrial de Chapecó.

A projeção avança agora para uma segunda fase, com a avaliação do impacto financeiro. O presidente da ACIC, Lenoir Broch, destaca a importância da participação do setor produtivo na construção do projeto.

O coordenador do Plano Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, lembrou que o trecho com Chapecó já recebeu autorização do Ministério da Infraestrutura, dentro do programa Pró-Trilhos.

Durante a reunião, os integrantes do setor produtivo do Rio Grande do Sul entregaram uma carta sinalizando a contratação de um estudo de demanda do traçado entre Passo Fundo, no estado gaúcho, e Chapecó, conectado ao novo trecho, a ser realizado nos próximos meses.

O estado compra três milhões e 500 mil toneladas de milho por ano, a maior parte do Mato Grosso do Sul.

A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos.

Ao todo, vão ser mil 304 quilômetros, que vão cortar o Oeste do Paraná, celeiro da produção de grãos do País. Além da linha em estudo até Chapecó, há previsão da construção de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu que vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina.

O projeto já nasce como o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País, o que deve transformar o Paraná num hub logístico da América do Sul por atrair parte da produção de países vizinhos como a Argentina e o Paraguai.

Se estivesse em operação hoje, a ferrovia poderia transportar cerca de 38 milhões de toneladas de produtos, 26 milhões de toneladas seguiriam diretamente para o Porto de Paranaguá.

A proposta está em processo de obtenção da Licença Prévia Ambiental junto ao Ibama. As audiências públicas devem ter início em maio.

O projeto deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre. O investimento é de quase 30 bilhões de reais.

A empresa ou consórcio vencedor fará a obra e poderá explorar a ferrovia por 70 anos.

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